segunda-feira, 15 de junho de 2015

Homossexualidade: Prevenção e Arrependimento

Não é de hoje que existe uma guerra entre aqueles que defendem a ideologia homossexual e aqueles que a condenam. Mas deixando de lado questões como religião e homofobia, que ao meu ver travam um impasse inacabável, criando o seguinte questionamento: "será que existe uma necessidade de prevenção da homossexualidade?"

Não exatamente a prevenção na infância, a luta contra pedofilia, ideologia de gênero nas escolas, ou uma melhor instrução aos pais ao lidar com o assunto. Refiro-me a prevenção na vida adulta. Mais especificamente forma de conduta do adulto que possui atração pelo mesmo sexo. Deve ele adotar uma identidade homossexual, conforme indicam grupos de liberação sexual, ou o mesmo deve optar por uma vida oposta a isso, como geralmente indicam os opositores?

Pense nisso por uns instantes... Qual conselho você daria à uma pessoa amada? Ou ainda mais, qual conselho daria a si mesmo se pudesse voltar no tempo?

Conselhos, temos milhares. Em questão de sexo então, sobram conselhos. Quanto mais incompreendido o assunto, mais opiniões surgem. O problema é quando esses "conselhos" se tornam regras de conduta moral.

Algumas regras são compreendidas facilmente, por exemplo, a virgindade pré matrimonial, que visa impedir gestações fora do amparo familiar. Mas algumas não parecem fazer muito sentido, entre elas a questão homossexual.

Essa reflexão nos leva ao ponto que quero chegar, a regulamentação sexual, mais especificamente da homossexualidade.

Antes que venham as críticas, preciso deixar claro que cada ser humano é livre para fazer suas escolhas, e minha intenção não é desrespeitar isso ou quem quer que seja. Mesmo compreendendo a dificuldade, tento olhar de igual modo aquele que decide se relacionar sexualmente com o mesmo sexo e aquele que opta por abstinência de tais atos. Afinal de contas, ambos possuem o mesmo valor.

Ainda que não esteja em questão a homossexualidade em si como uma escolha, o ato sexual é uma escolha, seja ele de qual forma for. 

Por um lado temos o incentivo a liberação sexual que visa não reprimir o ser humano, defende a livre expressão de seus sentimentos e desejos. O famoso "O importante é ser feliz!" e do outro lado toda a ideia de prevenção e até mesmo proibição do ato homossexual.

Prevenção

No meu dicionário diz que prevenção é o ato de prevenir, ou precaução para evitar qualquer mal. Então, prevenir não é aterrorizar e nem esconder. 

Enquanto a única abordagem sobre homossexualidade for inferno, DST´s, ou esconder a homossexualidade da sociedade fingindo que a mesma não existe, isso não é prevenção, é uma ideia mais próxima ao terror do que prevenção.

Concordo que em alguns casos, o medo funciona. Eu mesmo, tenho alguns leitores que optam pela abstinência por medo. Geralmente medo teológico ou medo de doenças.

Particularmente, não me conformo que é apenas isso que temos para oferecer para quem sofre com atrações indesejadas pelo mesmo sexo.

O medo é passageiro, ao se conhecer outras histórias de amigos que assumiram a identidade homossexual e não foram fulminados e nem estão acamados, o medo diminui. Histórias como essas se repetem todos os dias.

"E se...", "Como será que...", "Talvez se eu..."

Não se respondem dúvidas com medo, mas com explicações.

Também não é prevenção criticar uma cena de um filme ou novela. Esconder a homossexualidade não resolve nada, apenas alimenta o desconhecido criando espaço para fantasias e curiosidade.

Não deveríamos ter um segmento de pessoas com medo da homossexualidade, mas que enquanto isso fantasiam inúmeras situações e geralmente são presas a vícios como masturbação e pornografia.

A existência desse grupo evidencia o fracasso, ou no mínimo o desinteresse ao lidar com o assunto, principalmente no quesito informação.

Temos então a regra de conduta homossexual, que geralmente é a proibição do ato, mas se fugirmos dos exemplos citados, raramente encontraremos boas explicações para evitar a prática homossexual.

A boa prevenção é dotada de informação. 

O ideal não é fugir da homossexualidade por ela ser proibida ou por ser temerosa. Afinal de contas, o medo passa e já diz o ditado: "Tudo o que é proibido é mais gostoso" e todo sentimento reprimido explode em algum ponto, enquanto a informação é capaz de trazer satisfação, bem-estar e segurança na escolha.

Uma boa informação sobre o assunto é o suficiente para que a pessoa seja capaz de escolher a prática ou abstinência do ato homossexual.

Estamos numa época de guerra ideológica, onde boas informações sobre homossexualidade são raras. Há o movimento de liberação com uma pregação inconsequente e há o movimento de prevenção, geralmente com uma pregação de terror.

Acredito que tais movimentos nunca darão as mãos, mas uma dosagem de ambos, talvez seja o que precisamos.

A solução não está em reprimir sentimentos, mas também não está na liberação inconsequente dos atos.

Todo ato tem sua consequência e da homossexualidade nem sempre é uma doença ou um lago de enxofre. Pode ser? Pode! Mas nem sempre é. 

O que de fato temos para quem pratica a homossexualidade é uma mudança ideológica gradativa e uma somatória de experiências que costumam influenciar diretamente tanto no campo emocional, como no psicológico.

Sempre que alguém me escreve questionando sobre superação de desejos homossexuais, digo o seguinte:

"É possível? Sim. 
Está acessível? Depende".

Geralmente as pessoas se assustam com o meu "depende", principalmente aqueles que buscam esperança, mas preciso ser sincero.

Depende do conhecimento que se tem do assunto? Sim.

Depende de fatores externos, que nem sempre temos domínio? Sim.

Depende de esforço pessoal? Sim.

Porém, muito mais do que isso, depende de experiências anteriores e do quanto somos modificados por elas.

O mesmo serve para relações com o sexo oposto? Sem dúvida. Mas o estilo de vida gay normalmente é mais intenso e defensor de sexo livre e sem compromisso.

Não podemos negligenciar que atos possuem consequências, quanto mais experiências tão íntimas como sexuais. Aliás, deveriam ser experiências íntimas, mas para muitos já são banais, mais um sinal que experiências nos moldam.

Nem é preciso filosofar muito para chegar a essa conclusão, a banalização do sexo é uma prova concreta do que estou tentando dizer. Basta perguntar para alguém, ou para si mesmo, quando foi a última relação sexual, qual o sentimento e mentalidade da relação atual em comparação a primeira relação de livre escolha. 

A resposta não é regra, mas tenho por certo que a maioria percebe uma grande diferença e uma banalização entre os atos.

É possível observar isso até mesmo de forma social, aqueles que sempre lutaram por liberdade sexual, hoje lutam por casamento, estabilidade e adoção. Não seria isso a consequência de uma insatisfação pela experiência desse estilo de vida?

Experiências... Não passamos imunes a acertos atos. 

Sendo assim, para qualquer superação, não apenas sexual, mas toda e qualquer mudança, é necessário levar em consideração nossas experiências e o quanto já fomos mudados por elas.

Longe de mim associar a homossexualidade apenas a coisas ruins. Como dito acima, não quero fazer apologia ao terror. Existem também boas experiências, mas que igualmente formam nosso caráter. Se a homossexualidade fosse só a soma de experiências ruins, ninguém a praticaria, não é mesmo?

Geralmente aqueles que praticam a homossexualidade, tendem a cauterizar a mente em identidade homossexual que o impede de pensar de outra forma. Após assumir tal identidade, há um tempo de satisfação na liberdade sexual, depois a insatisfação e a busca por valores como casamento, estabilidade, família...

Por mais bem resolvido que seja, me diga qual homossexual não sente insegurança ao envelhecer? Receio de ser excluído dentro da própria cultura ou não se encaixar em certos padrões? Qual nunca pensou, mesmo que em brincadeira, em usar de profissionais do sexo como forma de companhia ao envelhecer? Aliás, muitos já o fazem muito antes de envelhecer. Quantos não carregam o peso do sexo anônimo? O prazer de usar um estranho, ou alguém sem a menor afeição, uma hora vira o desprazer de se sentir usado.

São poucos os homossexuais que se sentem confortáveis com esses assuntos de uma forma honesta intelectualmente por mais de 05 minutos. 

Lógico que quem opta por abstinência, também tem seus receios, medos e dúvidas, mas com uma bagagem muito menor. Bagagem que geralmente se caracteriza por feridas, não apenas auto flagelação, mas feridas que foram causadas a outros, as vezes até mesmo sem intenção, mas experiências que foram causadas também em outras pessoas.

A prevenção da homossexualidade vai além de uma questão religiosa ou de saúde pública. A verdadeira prevenção, ou pelo menos, aquela mais honesta é para evitar experiências, memórias, marcas e até mesmo traumas irreversíveis. 

Ainda que pareça irracional para alguns, a verdadeira prevenção não é meramente uma regra ou uma proibição, mas um ato de amor, baseado no real conhecimento sobre homossexualidade - causas e consequências, que visa evitar o arrependimento futuro.

Enquanto o rapaz que optou pela abstinência lida com fantasias e curiosidade, o que optou pela prática lida com consequências e muitas vezes arrependimento.

É possível que um aprenda com o outro? Claro.

Para todo aquele que chegou ao arrependimento, melhor teria sido ficar na curiosidade. 

Para todo aquele que está na curiosidade, é melhor evitar o arrependimento.

Aos críticos, me sinto no dever de fazer um adicional: 

É possível não praticar atos homossexuais, existe um caminho sem ser repressão, é possível descobrir outros prazeres e outras formas de satisfação. 

Aos que já acumulam práticas, digo que é possível dar um novo significado para a vida, apesar de não ser fácil.

Aos que não sentem arrependimento algum na homossexualidade, espero que encontrem nela, ao menos a satisfação.


Lucas Félix

2 comentários:

  1. Lindo texto! Como ajudar na prevenção sem lesar o indivíduo? Ainda temos muito o que trabalhar...

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  2. Mandou muito bem no comentário. Pra mim a homossexualidade é uma mentira, uma ilusão, algo que nunca preencherá a verdadeira necessidade dos que a praticam. MINHA OPINIÃO. Penso que recomendá-la é o mesmo que encher a barriga de água pra tapear a fome, não se ingere ou se alimenta do que de fato se necessita. Não tenho nada contra a união legal dos gays, deles andarem de mãos dadas, beijarem na tv ou na rua, porém há pouco tempo li um texto que me fez refletir no quanto essa banalização homossexual é prejudicial para as relações fraternas entre as pessoas. A popularização homo injetará uma malícia que só era presente entre homens e mulheres(aquela pergunta é brincadeira ou está dando em cima?). Parece sensacionalista, mas para mim soou bem coerente. Existe uma linguagem entre homens e mulheres e suas formas de se relacionarem uns com os outros e ela está sofrendo fortes modificações em pouco espaço de tempo. A pornografia, homossexualidade, a desconstrução do papel do homem e da mulher. Se ganha por um lado, mas se perde muito por outro. Sinto até mesmo dentro de mim muita confusão, muita ausência de referências e símbolos para se identificar, para se projetar. Ser humano se constrói por associações e a "evolução" pra mim parece apenas confundir e dificultar a formação dos individuos com essa loucura de desconstrução de generos. Enfim, não vejo nada, absolutamente NADA de bom na homossexualidade, nem para a sociedade e nem para aqueles que a praticam. Mas bom e mal também é relativo e por isso respeito aqueles que decidiram construir sua felicidade seguindo este caminho.

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