sexta-feira, 26 de junho de 2015

Casamento Entre Pessoas Do Mesmo Sexo, 10 Anos Depois: Lições do Canadá


CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO, 10 ANOS DEPOIS: LIÇÕES DO CANADÁ

Por Bradley Miller 

5 de novembro de 2012

Os efeitos do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Canadá – restrição do direito de livre expressão, dos direitos dos pais na educação dos filhos, e do direito das instituições religiosas à autonomia, junto com o enfraquecimento da cultura do casamento – fornecem várias lições para os Estados Unidos.

Será que o reconhecimento do relacionamento entre pessoas do mesmo sexo como casamento mudaria tanto assim as coisas? Que impacto, se é que haverá algum, isso poderia ter no conceito que a população tem de casamento, ou no status cultural do casamento em uma nação?

Não tem faltado especulação sobre essas questões. Mas a experiência limitada dos americanos com casamento entre pessoas do mesmo sexo até agora nos deu poucas respostas concretas. Faz sentido, então, examinar a experiência do Canadá, desde que o primeiro tribunal canadense estabeleceu o casamento entre pessoas do mesmo sexo há uma década. É claro que há importantes diferenças culturais e institucionais entre os EUA e o Canadá e, como é o caso em qualquer sistema político, muito vai depender da ação dos atores políticos e culturais locais. O que queremos dizer é que não é seguro assumir que a experiência canadense necessariamente vá se repetir aqui. Mas ela deve ser levada em consideração; a experiência canadense é a melhor experiência disponível do impacto, no curto prazo, do casamento entre pessoas do mesmo sexo numa sociedade democrática muito parecida com os Estados Unidos.

Qualquer pessoa interessada em avaliar o impacto de curto prazo na vida pública deveria investigar os resultados em três esferas: primeiro, direitos humanos (incluindo impactos na liberdade de expressão, direitos dos pais na educação pública, e a autonomia das instituições religiosas); segundo, consequências posteriores dos tipos de relacionamentos que a sociedade está politicamente disposta a reconhecer como casamento (por exemplo, poligamia); e terceiro, a prática social do casamento.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Homossexualidade: Prevenção e Arrependimento

Não é de hoje que existe uma guerra entre aqueles que defendem a ideologia homossexual e aqueles que a condenam. Mas deixando de lado questões como religião e homofobia, que ao meu ver travam um impasse inacabável, criando o seguinte questionamento: "será que existe uma necessidade de prevenção da homossexualidade?"

Não exatamente a prevenção na infância, a luta contra pedofilia, ideologia de gênero nas escolas, ou uma melhor instrução aos pais ao lidar com o assunto. Refiro-me a prevenção na vida adulta. Mais especificamente forma de conduta do adulto que possui atração pelo mesmo sexo. Deve ele adotar uma identidade homossexual, conforme indicam grupos de liberação sexual, ou o mesmo deve optar por uma vida oposta a isso, como geralmente indicam os opositores?

Pense nisso por uns instantes... Qual conselho você daria à uma pessoa amada? Ou ainda mais, qual conselho daria a si mesmo se pudesse voltar no tempo?

Conselhos, temos milhares. Em questão de sexo então, sobram conselhos. Quanto mais incompreendido o assunto, mais opiniões surgem. O problema é quando esses "conselhos" se tornam regras de conduta moral.

Algumas regras são compreendidas facilmente, por exemplo, a virgindade pré matrimonial, que visa impedir gestações fora do amparo familiar. Mas algumas não parecem fazer muito sentido, entre elas a questão homossexual.

Essa reflexão nos leva ao ponto que quero chegar, a regulamentação sexual, mais especificamente da homossexualidade.

Antes que venham as críticas, preciso deixar claro que cada ser humano é livre para fazer suas escolhas, e minha intenção não é desrespeitar isso ou quem quer que seja. Mesmo compreendendo a dificuldade, tento olhar de igual modo aquele que decide se relacionar sexualmente com o mesmo sexo e aquele que opta por abstinência de tais atos. Afinal de contas, ambos possuem o mesmo valor.

Ainda que não esteja em questão a homossexualidade em si como uma escolha, o ato sexual é uma escolha, seja ele de qual forma for. 

Por um lado temos o incentivo a liberação sexual que visa não reprimir o ser humano, defende a livre expressão de seus sentimentos e desejos. O famoso "O importante é ser feliz!" e do outro lado toda a ideia de prevenção e até mesmo proibição do ato homossexual.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Que Todo Terapeuta, Pai, Mãe e Homossexual Deveria Saber


Por Julie Harren, Ph.D., LMFT


Homossexualismo é um tema que frequentemente tem sido abordado de forma imprecisa por terapeutas em virtude da má informação sobre assunto. Mesmo não tendo respaldo em pesquisas, muitos terapeutas acreditam que o homossexualismo é apenas biológico por natureza, e portanto imutável. Apesar de esforços em curso, pesquisadores ainda não descobriram um embasamento biológico para atrações pelo mesmo sexo. Na verdade, muitos pesquisadores criam hipóteses de que uma orientação homossexual nasce de uma combinação entre fatores biológicos e ambientais. Por exemplo, quando perguntado se a homossexualidade tinha origem somente na biologia, o pesquisador do gen gay, Dean Hamer respondeu “Com certeza não. A partir de estudos com gêmeos, nós já sabemos que a metade ou mais da variabilidade na orientação sexual não é herdada. Nossos estudos tentam apontar os fatores genéticos… e não negar os fatores psicológicos.” (Anastasia, 1995, p. 43). Adicionalmente, o pesquisador do cérebro Simon LeVay reconheceu que vários fatores podem contribuir para uma orientação homossexual (LeVay, 1996).

Quais, então, são as causas de atrações homossexuais? Estes sentimentos nascem tipicamente a partir de uma combinação de fatores temperamentais e fatores ambientais que ocorre na vida de uma criança. De acordo com Whitehead and Whitehead (1999), “O comportamento humano é determinado tanto pela natureza quanto por incentivos. Sem gens, realmente não se pode agir no meio. Mas sem o meio seus gens não têm onde atuar.” (p.10). Uma maneira de entender esta combinação pode ser expressa na seguinte equação:

Gens + Ligações Cerebrais + Ambiente Hormonal Prenatal = Temperamento
Pais + Colegas + Experiências = Ambiente
Temperamento + Ambiente = Orientação Homossexual

Enquanto fatores ambientais podem incluir experiências de abuso sexual ou outros eventos traumáticos, um contribuinte comum para a atração pelo mesmo sexo é um transtorno no desenvolvimento de uma identidade de gênero. Identidade de gênero se refere à visão de uma pessoa sobre seu próprio gênero; ou seja, seu senso de masculinidade ou feminidade. A identidade de gênero é formada através da relação que uma criança tem com seu pai (no caso dos meninos) ou sua mãe (no caso das meninas) e com seus colegas de mesmo sexo.

sábado, 6 de junho de 2015

Como Pôde se Tornar?


Juntando as Peças do Quebra-Cabeça :
Como os genes, o ambiente e outras influências contribuem para a homossexualidade.

Pode ser difícil compreender como os genes, o ambiente, e outras influências relacionam-se umas com as outras, como um determinado fator pode  influenciar" um resultado mas não causá-lo, e como a fé entra nisso. O cenário abaixo é condensado e hipotético, mas é selecionado da vida de pessoas reais, ilustrando quantos fatores diferentes influenciam o comportamento. Note que o que se segue é apenas um de muitos caminhos que podem conduzir à homossexualidade, mas um caminho comum. Na realidade, o caminho de cada pessoa à expressão sexual é individual, porém muitos pontos comuns podem ser compartilhados com os de outros. 

(1) Nosso cenário começa com o nascimento. O menino (por exemplo) que um dia poderá vir a enfrentar uma luta com a homossexualidade nasce com determinadas características que são um tanto mais comuns entre homossexuais do que na população em geral. Alguns destes traços foram herdados (genéticos), enquanto outros foram causados pelo desenvolvimento intrauterino (hormonais). Isso significa que um jovem sem estes traços terá menos probabilidade de se transformar mais tarde  num homossexual do que alguém com eles. 

Quais são estes traços? Se pudéssemos identificá-los precisamente, muitos deles poderiam ser transformados em dons ao invés de problemas, por exemplo, uma disposição “sensível”, uma criatividade forte, um sentido estético aprimorado. Alguns destes, tais como a maior sensibilidade, poderiam ser relacionados aos traços fisiológicos que igualmente causam o problema, tal como uma resposta à ansiedade superior à média a todo o estímulo dado. 

Ninguém sabe com certeza apenas o que estas características hereditárias são; presentemente nós temos somente sugestões. Se fôssemos livres para estudar a homossexualidade corretamente (impedidos por agendas políticas)  nós esclareceríamos certamente logo estes fatores – mas apenas estamos fazendo em áreas menos controversas. Em todo caso, não há absolutamente nenhuma evidência de que o comportamento homossexual em si seja herdado diretamente. 

(2) Numa idade ainda muito jovem as características hereditárias potenciais marcam o menino como o “diferente". Ele encontra-se a si próprio um tanto tímido e incomodado com o típico “ruge-ruge” (brincadeiras violentas, agitação) de seus pares. Talvez ele seja mais interessado na arte ou na leitura - simplesmente porque ele é esperto. Mas quando mais tarde ele pensar sobre sua vida passada, encontrará dificuldade em separar nestas diferenças comportamentais o que veio de um temperamento herdado e o que era motivado pelo fator seguinte, a saber: 

(3) Isso pela razão de que, ele recorda uma dolorosa dissonância entre o que ele necessitava em relação ao que seu pai lhe ofereceu. Talvez a maioria deles concordasse que seu pai era visivelmente (sensivelmente) distante e ineficaz; talvez fosse apenas que as suas próprias necessidades eram tão originais que seu pai, mesmo sendo um homem aceitável, nunca poderia encontrar a maneira correta de atendê-las completamente. Ou talvez seu pai realmente não gostasse e rejeitasse as sensibilidades de seu filho. Em todos os casos, a ausência de uma relação feliz, morna, e íntima com seu pai levou o garoto a afastar-se desapontado, defensivamente, a fim de proteger-se. 

Mas, tristemente, este afastamento de seu pai, e do modelo masculino de que ele necessitava, igualmente deixou-o menos capaz de relacionar-se com seus pares masculinos. Nós podemos contrastar este ao menino cujo pai amoroso morre, por exemplo, mas que é menos vulnerável a uma homossexualidade futura. Isso é porque a dinâmica comum no menino pré-homossexual não é meramente a ausência de um pai – literal ou psicologicamente - mas a defesa psicológica do menino contra o seu repetidamente decepcionante (desapontador) pai. De fato, um jovem que forme esta defesa (talvez por terapia precoce, ou porque há uma outra figura masculina importante em sua vida, ou devido ao temperamento) é muito menos propenso a tornar-se homossexual. 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Homossexualidade e Consciência


A consciência é um assunto muito negligenciado na psicologia e psiquiatria modernas. O seu substituto neutro, o assim chamado superego freudiano, não pode explicar a dinâmica psicológica da consciência moral autêntica do homem. O superego é definido como a soma de todas as regras aprendidas de comportamento. O “bom” e o “mau” comportamento não dependem de valores absolutos, mas de códigos culturais essencialmente arbitrários. A filosofia que está por trás dessa teoria afirma que as normas e os valores são relativos e subjetivos: “Quem sou eu para dizer o que é bom ou não para você, o que é normal ou anormal?”

Mas, na verdade, todos, inclusive o homem moderno, de um modo, ou de outro, ora com maior clareza, ora com menos precisão, “sabe” da existência de leis morais “eternas”, como já eram chamadas pelos antigos, e reconhece espontaneamente o roubo, a mentira, a fraude, a infidelidade, o assassinato, o estupro e assim por diante, como intrinsecamente maus (maus em si mesmo) e a generosidade, a coragem, a honestidade e a fidelidade como intrinsecamente boas, belas. Embora a imoralidade e a moralidade sejam em geral mais evidentes no comportamento dos outros (Wilson 1993, 11), ainda percebemos essas qualidades em nosso próprio comportamento. Há uma percepção interior da iniqüidade intrínseca de certos atos e planos, por mais que o ego esteja inclinado a reprimir essa percepção para não precisar abandonar esses atos e planos. Esse juízo interior moral do eu é obra da consciência autêntica. Embora seja verdade que certas manifestações de autocrítica moral sejam neuróticas e que as percepções da consciência possam ser distorcidas, de modo geral a consciência humana aponta para realidades morais objetivas, que são mais do que simples “preconceitos culturais”. Iríamos longe demais se quiséssemos reforçar esta opinião com dados e fatos da psicologia. Para o observador crítico, entretanto, as evidências da “consciência autêntica” estão em toda parte.

Essas notas não são supérfluas, porque a consciência é um fator psíquico facilmente esquecido na discussão de um tema como a homossexualidade. Por exemplo, não podemos passar por alto o fenômeno da repressão da consciência, que de acordo com Kierkegaard é muito mais importante do que a repressão da sexualidade. A repressão da consciência jamais é perfeita, nem mesmo no chamado psicopata. No fundo do coração, permanece certa consciência da culpa ou, segundo a terminologia cristã, de pecado.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O Fim da Amizade

Como a confusão sexual corrompeu a amizade entre homens

Um filme de Hollywood se tornou um ponto de destaque na cultura americana em 2005. Embora não tenha sido exatamente um campeão de bilheteria, o Segredo de Brokeback Moutain, estrelando Heath Ledger e Jake Gyllenhal como dois cowboys ligados por um romance homossexual, foi aclamado pela crítica e promovido exaustivamente pelos meios de comunicação. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas o premiou com três Oscars, em 2006, incluindo Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado.

Dirigido por Ang Lee, o segredo de Brokeback Mountain baseia-se em uma pequena história que tem o mesmo título, escrita por Annie Prolux. A história é bem vívida, retratando um romance homossexual inesperado entre dois cowboys que se viram sozinhos numa barraca. À medida que a história se desenvolve, o relacionamento homossexual continua até que os dois homens se casam e cada um estabelece sua família.

Tanto a história como o filme incluem sexo explícito e retratam a dor e a turbulência sentidas pelas famílias dos dois homens, enquanto eles experimentam, periodicamente, o que é descrito como “viagens para pescar nas quais não há pescaria”. Apesar disso, o filme apresenta o romance homossexual como um relacionamento a ser admirado – insinuando que, se nossa sociedade se livrasse de suas inibições quanto à homossexualidade, esses homens poderiam ter prosseguido o seu relacionamento, vivendo sempre juntos e felizes.

Em um sentido, o verdadeiro significado de O segredo de Brokeback Mountain não tinha qualquer interesse especial para a cinematografia. Em vez disso, estava plenamente relacionado à nossa cultura e ao colapso da ordem sexual. O segredo de Brokeback Mountain representa algo novo nas principais tendências culturais – uma celebração do romance homossexual na tela gigante. O próprio fato de que esse filme estrela dois atores relativamente jovens, bem conhecidos, e de que atraiu a atenção lisonjeira dos críticos de Hollywood indica que algo bastante sério está em progresso. Realmente não é importante que todos tenham visto o filme. Agora que essa barreira cultural foi derrubada, exibições de relacionamentos e romances semelhantes deverão, com certeza, infiltrar-se no entretenimento popular – e rapidamente.

Anthony Esolen, professor de Inglês, no Providence College, em Providence, Rhode Island, adverte que esse colapso da ordem natural do sexo tem levado à morte da amizade – particularmente, à morte da amizade entre homens.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Homossexualidade Masculina: Está Resolvido?


"Não se curam os homossexuais, a despeito de serem absolutamente curáveis." Jacques Lacan, psicanalista francês.

De acordo com o psicólogo Fabrício Viana, a atração pelo mesmo sexo não faz parte do currículo dos
cursos de Psicologia no Brasil. Em seu livro O Armário, o Dr. Fabrício Viana afirma que, durante todos os anos de faculdade, seus professores jamais mencionaram sequer a existência da homossexualidade e dos homossexuais.(1)

Outros profissionais da Psicologia atestam a afirmação do Dr. Fabrício Viana. O professor Fernando Silva Teixeira Filho, Ph.D em Psicologia Clínica pela UNESP, por exemplo, reconhece que “a homossexualidade, ainda hoje, é abordada com pudor, medo, silêncio”. (2) Nesse mesmo sentido, a sexóloga e terapeuta Rinna Riesenfeld, em seu livro Papai, Mamãe, Sou Gay!, afirma que médicos, psicólogos e psiquiatras conhecem muito pouco sobre a homossexualidade.(3)

Ao que parece, muitos especialistas assumem que os profissionais da saúde mental desconhecem a atração pelo mesmo sexo e as vicissitudes do comportamento homossexual. Apesar disso, muitos psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e sexólogos aparecem regularmente na mídia afirmando que algumas pessoas nascem homossexuais e que não existe nenhuma droga, cirurgia ou psicoterapia que possa auxiliar aqueles que pretendem se livrar da homossexualidade.

De acordo com o que você leu até agora, a homossexualidade – tal como a conhecemos nos dias de hoje – nunca existiu em nenhum momento da história da humanidade nem em qualquer região geográfica deste planeta. Além disso, as evidências científicas não permitem afirmar com a mínima racionalidade que a atração pelo mesmo sexo decorre de fatores genéticos, hereditários ou hormonais. Entretanto, existem estudos científicos que atestam a importância do ambiente na formação da identidade de gênero e da personalidade. Esses estudos comprovam, ainda, que é possível mudar a orientação sexual e que essa mudança não traz nenhum efeito colateral para quem a realiza com sucesso. Apesar de tudo isso, lamentavelmente, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) atrapalha a vida de quem deseja simplesmente se livrar da atração pelo mesmo sexo e viver de
acordo com seu próprio sexo biológico.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Mito da Homossexualidade Animal


Em seu esforço para apresentar a homossexualidade como normal, o movimento homossexual (1) virou sua atenção para a ciência para provar três maiores premissas:

1. Homossexualidade é genética ou inata;

2. Homossexualidade é irreversível;

3. Na medida em que animais se engajam em comportamento sexual do mesmo sexo, a homossexualidade é natural.

Entusiasticamente sabedora de sua inabilidade em provar a primeira das duas premissas, (2) o movimento homossexual firma suas esperanças em uma terceira, a "homossexualidade animal". (3)

ANIMAIS FAZEM, ASSIM É NATURAL, CORRETO?

O argumento por trás da teoria da "homossexualidade animal" pode ser resumida como se segue:

- Comportamento Homossexual é observável em animais.

- Comportamento animal é determinado pelos seus instintos.

- A natureza requer que animais sigam seus instintos.

- Portanto, a homossexualidade está de acordo com a natureza animal.

- Desde que o homem também é animal, a homossexualidade deve também estar de acordo com a natureza humana.

Essa linha de raciocínio é insustentável. Se aparentemente os atos "homossexuais" entre animais estão de acordo com a natureza animal, então a matança paterna da prole e devora entre espécies estão de acordo com a natureza animal. Induzir o homem ao interior da equação complica as coisas mais adiante. Nós estamos para concluir que o filicídio e o canibalismo estão de acordo com a natureza humana?

Em oposição a essa linha de raciocínio, esse artigo sustenta que:

1. Não há "instinto homossexual" em animais,

2. A ciência é pobre em "ler" motivações humanas e sentimentos no interior do comportamento animal, e

3. Comportamento irracional animal não é parâmetro para determinar o que é comportamento moralmente aceitável para homem racional.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Rumo à Masculinidade

Era uma sala na qual eu havia estado, pela última vez, quarenta anos antes. Quando eu estudava na Universidade John Hopkins, era o refeitório dos dormitórios. Agora, era uma sala de reunião para organizações estudantis. Nesta tarde de sexta-feira, estava sendo utilizada pelo grupo da Associação Cristã Hopkins InterVarsity. Dois dos seus líderes haviam se envolvido em uma controvérsia a respeito de homossexualismo, e antes que a discussão se estendesse aos membros da comunidade gay do campus, os estudantes cristãos queriam se informar melhor a respeito do assunto. Eu fui um dos palestrantes escolhidos. Não apenas eu havia sido aluno da escola, mas era o fundador e diretor do Regeneração, um dos mais antigos e maiores ministérios "ex-gay" da rede mundial de ministérios Exodus para homens e mulheres buscando superar a homossexualidade.

Ao longo dos anos, muitas coisas haviam mudado, além da sala. A universidade tinha crescido muito, e o corpo estudantil era muito mais diverso. Na minha época, metade dos estudantes eram rapazes da cidade de Baltimore estudando em Hopkins, não apenas porque era uma boa escola, mas porque nossos pais não poderiam pagar uma mudança para estudar mais longe. Agora, uma parcela relativamente reduzida dos estudantes era de Baltimore. Quando eu estudava lá, os alunos eram todos homens e maioria deles, brancos. Esquadrinhado os rostos dos mais de cem estudantes reunidos naquela noite de sexta, os rapazes brancos eram minoria. Nos anos 50, não existiam organizações como o grupo InterVarsity. Para a maioria de nós, um cristão era uma pessoa boa – como eu – que ia à igreja. Isso era tudo que tínhamos em comum, portanto não havia muita razão para fundar uma organização.

Mas para mim, pessoalmente, as mudanças na universidade, na sala e no corpo estudantil, eram secundárias. Parado lá, pensei no jovem que havia estado naquela sala há tantos anos atrás; um jovem em escravidão secreta à homossexualidade, um „nerd‟ que de alguma forma entrou em uma fraternidade, mas vivia com terror de que seus irmãos descobrissem sua verdadeira natureza, alguém que já era um mestre em levar uma vida dupla, um homem religioso, mas que não conhecia ao Senhor. Agora, aqui estava eu, 39 anos depois, um cristão, um marido, um pai, um avô, um homem confortável com sua masculinidade, apto para compartilhar com alegria e confiança o que Deus havia feito em minha vida.

Por mais vibrante que fosse experimentar este extraordinário contraste, minha alegria e entusiasmo se elevaram ainda mais ao perceber algo. No momento em que eu estava de pé diante do grupo InterVasity da Hopkins, a 40 quilômetros dali, em frente a um grupo InterVasity muito maior na Universidade de Delaware, estava Estevão Medinger, meu filho. Estevão, um calouro em Delaware, era um dos líderes do grupo cristão e co-liderava as reuniões de sexta à noite. Estevão nasceu 18 meses depois de minha libertação da homossexualidade. Pai e filho: nunca essa frase teve tanto impacto em mim.

Logicamente, eu compartilhei com o grupo de Hopkins a história dos meus 17 anos de atividade na homossexualidade, meus esforços frustrados para mudar a mim mesmo, e minha dramática conversão e libertação da escravidão sexual que havia sido parte de minha homossexualidade. Não havia tempo para compartilhar com eles as outras profundas mudanças que haviam ocorrido nos anos após minha conversão, mudanças que eu podia ver tão claramente naquela noite, mudanças que me haviam trazido à plenitude de minha masculinidade.

Este não é um livro de testemunho (embora meu testemunho esteja incluído como apêndice A para aqueles interessados), mas muito do que direi aqui é baseado em minha própria experiência de crescimento e amadurecimento na masculinidade, um processo que praticamente parou quando eu era um adolescente e que não recomeçou até depois de minha conversão, aos 38 anos.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sexualização das Necessidades Emocionais

Necessidades sexuais são naturais a seres sexuais. São o resultado do funcionamento biológico e a necessidade humana pela intimidade romântica. Não há nada mórbido ou incomum nisso.

Necessidades sexualizadas, no entanto, executadas em um rumo diferente. Essas necessidades emocionais são expressas indiretamente através da atividade sexual. Encenadas por uma espécie de pantomima sexual. As necessidades, por elas mesmas, são geralmente legítimas, porém, o veículo usado para expressá-las, não.  Podemos ver uma série de exemplos de necessidades emocionais sexualizadas no cotidiano. Grande parte dos homens usa o sexo como meio de certificarem-se de que são viris, competentes e másculos. Deleitam-se em sexualidade na conquista de mulheres, e então se gabam de suas conquistas com outros homens, levando-os a se sentir viris e completos. Naturalmente, seu desejo de convicção é legítimo, e compreensível. Mas explorar sexualmente as mulheres é um meio ilegítimo de satisfazer a esse desejo. De igual modo, muitas mulheres são promiscuas não por que estão desesperadas por sexo, mas porque durante o sexo elas são levadas a se sentirem especiais e cuidadas. Novamente, suas necessidades são perfeitamente normais, mas o método de satisfação a essas necessidades é imoral, até mesmo perigoso.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Superando Pornografia Gay com a Terapia Reparativa : Identificando três necessidades básicas

A fácil disponibilidade de pornografia e o vício consequente tem alcançado proporções epidêmicas e isso a mídia continua a ignorar. Para o homem com atração pelo mesmo sexo, pornografia gay torna-se um problema em particular por causa dos desejos naturais, mas os desejos são frustrados.
Como eu trabalho com homens com atração pelo mesmo sexo, torna-se evidente para eles que sua atração aparece muitas vezes no aparente cumprimento de três impulsos emocionais: (1) Inveja do corpo, (2) atitude de afirmação e (3) Compartilhamento de sentimentos. A imagem não se encaixa a cada homem com atração pelo mesmo sexo (como eu sempre digo aos meus clientes: "Se o que eu falo não soa verdadeiro para você, então vamos abordar esta questão de forma diferente), mas isso se encaixa na realidade de muitos homens. Quando isso é aceito tentamos trabalhar com a imagem do pornô para diminuir seu poder. Nós não precisamos usar imagens pornográficas explícitas, na verdade, a experiência clínica tem mostrado que as imagens não-explícitas do corpo masculino pode ser tão eficaz. Por isso, vamos analisar cada uma das três unidades emocionais discutidos acima, e veja como elas são representadas no pornô gay.

sábado, 9 de maio de 2015

Relatos de Casos de Terapia Reparativa

Utilizando transcrições reais de sessões gravadas em fitas-cassete, este livro utiliza os princípios básicos de meu trabalho anterior, mais técnico, Terapia Reparativa da Homossexualidade Masculina. Nesse livro, é possível encontrar exemplos claros da forma como trabalho com meus pacientes enquanto enfrentam as distorções que escurecem suas verdadeiras identidades masculinas.

Foram necessárias algumas restrições nas expressões verbais e uma simplificação dos termos clínicos para destacar os temas do processo de reparação. Além disso, para preservar a privacidade dos pacientes, cada caso aqui apresentado é um misto de experiências de diversos indivíduos com problemas similares. Nenhum caso se adapta detalhadamente a um único paciente. Qualquer fato que aponte para uma pessoa concreta é pura coincidência.

O Movimento de Libertação Gay tem alcançado grande êxito por meio do drama dos testemunhos pessoais. Quando todos os argumentos teóricos, tanto os que eram a favor quanto os contrários à ideia da homossexualidade como patologia, foram apresentados à Associação Psiquiátrica Americana (APA) em 1973, foi a perspectiva sociopolítica que teve maior influência. Ouvindo algumas histórias pessoais de frustração no tratamento de alguns gays, a associação psiquiátrica suprimiu a homossexualidade como categoria de diagnóstico.

Agora, exatamente 20 anos depois, oferecemos o lado oposto do testemunho pessoal, o dos homossexuais que tentaram aceitar uma identidade gay, mas que não se sentiram satisfeitos e logo se beneficiaram da psicoterapia para ajudá-los a libertar-se do conflito de identidade de gênero que reside por detrás da maioria dos casos de homossexualidade.

Ainda que a história de cada paciente seja única, escolhi oito homens como representantes das personalidades que encontrei ao longo dos doze anos em que tratei a mais de 200 pacientes homossexuais. Cada paciente possui algum dos aspectos presentes nesses oito homens – como a fragilidade de Albert, a integridade de Charlie, a ira de Dan, o narcisismo de Steve e a ambivalência
de Roger.

Alguns leitores podem surpreender-se com o estilo direto de minha intervenção terapêutica. Em parte, essa impressão pode dever-se à síntese editorial da transcrição. Por questões de brevidade e clareza, algumas das sutilezas podem ter sido supridas. Por outra parte, a terapia reparativa requer um terapeuta mais aplicado – um “provocador benevolente”, que saia da tradição de analista não aplicado e opaco para converter-se em uma presença masculina relevante.

O terapeuta deve equilibrar espírito ativo com o ânimo vigoroso para seguir o modelo pai-filho e mentor-aluno. Esse é um princípio essencial para a terapia reparativa.

A terapia reparativa não explica todas as formas de homossexualidade, senão somente a síndrome predominante que encontrei em minha consulta. Essa terapia não é para todos os homossexuais. Alguns podem preferir a Terapia da Afirmação Gay. Muitos homossexuais preferem pensar: “eu nasci desta forma”, evitando, assim, trabalhar os problemas dos quais tratamos aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Homossexualidade: 1 Problema, 3 Soluções

Hoje existem duas fortes linhas de pensamento, a primeira que considera a homossexualidade como inata; a corrente do “SER”. E a segunda que considera a homossexualidade como um comportamento aprendido; a corrente do “ESTAR”. Muito se tem discutido sobre isso, tanto na genética como na psiquiatria.

Em geral, o assunto é mais complexo do que ser “inato” ou “aprendido”. Se observarmos a natureza, muito do que consideramos “inato” é aperfeiçoado durante o desenvolvimento do indivíduo e muito do que consideramos “aprendido” já era esperado devido a uma pré-disposição genética, que não determina uma ação, mas a influencia de modo considerável.

Enquanto a teoria se desenrola, a prática quase se generaliza, independente da linha de pensamento a conclusão para o homossexual é a mesma, de um lado se diz “Sou gay... E agora?” e do outro “Tenho problemas com a homossexualidade... E agora?”

A homossexualidade é um problema para uma parte considerável dos homossexuais, aos quais sequer se intitulam como tais mas reconhecem em si tais desejos. Podendo ser um problema religioso, social, ou até mesmo egodistônico, no qual a pessoa rejeita os comportamentos e sentimentos independente de fatores ou de aceitação externa.

Diante desse fato, a pessoa encontra três soluções: Esperança, Aceitação ou Luta.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Rei Pescador

Nossa história começa com o Castelo do Graal e seus terríveis problemas, pois o Rei Pescador, monarca do castelo, foi ferido. Seus ferimentos são tão graves que o impedem de viver, mas, por outro lado, não o levam à morte. Ele geme, ele grita, ele padece o tempo todo. A propriedade é uma desolação só, pois as terras espelham as condições de seu rei, tanto na dimensão mitológica quanto na física. Assim, pois, o gado não mais se reproduz, as plantações não vingam, os cavaleiros são mortos, as crianças ficam na orfandade, as donzelas choram, há lamentos e gemidos por toda parte - tudo porque o Rei Pescador está ferido.

A ideia de que o bem-estar de um reino depende da virilidade ou do poder de seu governante é bastante comum, especialmente entre os povos primitivos. Nas áreas menos civilizadas do mundo ainda existem sociedades onde o rei é executado quando não mais pode gerar descendência. Simplesmente o matam em meio a cerimônias, algumas vezes vagarosamente, outras, de formas horríveis. A crença é a de que o reino não vai prosperar sob um rei fraco ou enfermiço.

Assim, o Castelo do Graal está com sérios problemas porque o Rei Pescador está ferido. O mito nos conta que um belo dia, anos atrás, ainda durante a adolescência, ele estava percorrendo os bosques, praticando para ser um cavaleiro andante, quando deparou com um acampamento abandonado. Curiosamente, porém, havia um salmão (O "peixe da sabedoria" - Salmon of Wísdom - da tradição céltica, que queima as mãos, mas que uma vez na boca) sendo assado num espeto.

Faminto, serviu-se de um pedaço do peixe, sem perceber que estava muito quente. Seus dedos se queimaram de uma forma horrível. Deixou o peixe cair e levou os dedos à boca para aliviar a dor. Ao fazê-lo, pôde sentir um pouco do gosto do salmão, um gosto que jamais poderá esquecer. Essa é a ferida do Rei Pescador, assim chamado por ter sido ferido por um peixe, e que empresta seu nome ao que rege boa parte da psicologia moderna. O homem que sofre, hoje, em nossos dias, é o herdeiro direto desse evento psicológico, que culturalmente teve lugar há coisa de oitocentos anos.

Outra versão da mesma história diz que o jovem Rei Pescador, subjugado pelo amour, saiu em busca de alguma experiência para satisfazer sua paixão. Outro cavaleiro, um muçulmano, após haver tido uma visão da Cruz Verdadeira, saiu para encontrar uma manifestação de sua busca. Os dois se encontraram face a face e, como bons cavaleiros, baixaram o elmo e prepararam a lança para se baterem. O choque foi terrível, o cavaleiro muçulmano foi morto e o Rei Pescador foi ferido na coxa, o que arruinou seu reino por anos e anos.

Que espetáculo! O cavaleiro que teve a visão e o cavaleiro da sensualidade batem-se num combate mortal. Instinto e natureza, de repente, sendo atingidos pela visão de uma "colisão" espiritual. Assim é o cadinho dentro do qual é forjado ou o mais alto nível de evolução ou um conflito fatal, capaz de promover a destruição psicológica.

Até tremo ao ver as implicações de tal embate, pois ele nos deixa o legado da morte de nossa natureza sensual e um ferimento "terrível em nossa visão cristã. Dificilmente o homem de hoje se livra dessa colisão em algum momento de sua vida, o que poderá levá-lo a terminar nesse estado descrito em nossa história: sua paixão é morta e sua visão, muito ferida.

A história de São Jorge e o dragão, que foi adaptada de um mito persa do tempo das Cruzadas, diz mais ou menos a mesma coisa. Em sua luta contra o dragão, ele e seu cavalo são mortalmente feridos e teriam morrido não fosse a coincidência de um pássaro bicar uma laranja (ou uma lima) da árvore sob a qual jazia São Jorge, e uma gota do suco vital cair em sua boca.

Levantou-se e, sem perda de tempo, espremeu um pouco do elixir da vida na boca de seu cavalo e o reviveu. Ninguém pensou em reviver o dragão.

Há muito o que aprender com o símbolo do Rei Pescador ferido. O salmão, ou mais genericamente o peixe, é um dos símbolos de Cristo. Como na história do Rei Pescador que descobre o salmão sendo assado, um garoto, nos primórdios de sua adolescência, toca algo da sua natureza crística, no seu íntimo - que é seu processo de individuação -; só que o faz  prematuramente, sem nenhum preparo. Ao ser ferido por ele, deixa-o cair por estar quente demais. Mas, ao levar o dedo queimado à boca, prova seu sabor, e esse gosto jamais será esquecido. Seu primeiro contato com o que mais tarde virá a ser sua redenção, causa-lhe uma  ferida. É o que o torna um Rei Pescador ferido. O primeiro lampejo de consciência no jovem aparece sob a forma de uma ferida ou um sofrimento.

Muitos homens ocidentais são Reis Pescadores, e todo garoto ingenuamente tropeça em algo que é muito grande para si. Ele dá um passo na direção de seu desenvolvimento masculino, mas, por estar quente demais, "deixa-o cair". É natural que apareça nele uma certa amargura: como o Rei Pescador, ele ainda não consegue viver com essa nova consciência, que ele tocou mas ao mesmo tempo não é capaz de "deixá-la cair" totalmente.

Todo adolescente recebe sua ferida-Rei-Pescador. Não fosse assim, jamais conseguiria a consciência. Se você quiser compreender um jovem que já passou pela puberdade é preciso que isso fique bem claro. Virtualmente, todo menino tem as feridas do Rei Pescador. É o que a Igreja chama de felix culpa, ou seja, a queda feliz que conduz o indivíduo a seu processo de redenção. É a queda do Jardim do Éden, ou seja, a evolução da consciência ingênua à total consciência do self.

domingo, 3 de maio de 2015

Desenvolvendo o Desejo Heterossexual

Parece que o desenvolvimento da atração heterossexual é algo que algumas pessoas estão interessadas, e eu vou dizer a vocês a minha opinião: não sabemos muito sobre isso, por ser uma área onde não há um monte de boas informações sobre o assunto. Até agora, tanto quanto eu posso dizer, muito do que ouço as pessoas falando sobre o desenvolvimento da atração heterossexual implica simplesmente em "Bom, simplesmente quando eu obtenho essas necessidades de ligação pelo mesmo sexo satisfeitas, meu isolamento defensivo se dissipa, então eu consigo toda essas necessidades internas satisfeitas, e de repente, eu começo a ficar atraído por mulheres".

E eu vou te dizer que, francamente, eu não vejo isso acontecendo com muita frequência. Esse não parece ser o caminho. Eu não vejo isso ocorrendo espontaneamente entre os homens que dizem "Eu realmente não experimento esse tipo de atração”.

E então você ouve um monte de histórias, e muitas dessas histórias assustam um monte de gente. Todo mundo aqui já ouviu essas histórias - sobre o cara que se casou, e depois de ter sido casado por um, cinco ou dez anos, ele decidiu então dizer "Eu não aguento mais. Eu tenho que admitir quem eu sou". E ele deixa sua esposa e as crianças. Ele se divorcia. É horrível e é uma tragédia terrível. E, claro, no fundo foi um terrível, terrível líder religioso que lhe disse para se casar porque essa ação iria resolver todos os seus problemas. Mas, pelo amor de Deus, isso não funciona. E assim, acaba sendo apenas uma história terrível. E essas histórias se proliferam e você ouve muitas e muitas delas por aí.Vou ser franco, eu sou um pouco suspeito, porque nas histórias (e posso escrever uma dessas histórias) acaba sendo uma história padrão, como "Eu era um grande cara. Eu fiz tudo certo. Eu era tão digno. Eu estava tão maravilhoso (e talvez eles estivessem mesmo). Então, de repente, do nada, estes sentimentos de atração pelo mesmo sexo tomaram conta de mim, me derrubaram, me arrastaram para fora. Eu tive que deixar minha esposa e filhos, foi simplesmente terrível".

Mas você não costuma ouvir os detalhes dessas histórias. Você não costuma ouvir sobre a vida fantasiosa dessa pessoa. As coisas que eles estavam fazendo em privado. Os sites que estavam acessando. Os comportamentos que estavam tendo antes do casamento. O sigilo. Estes outros tipos de comportamento nunca entram nessas histórias. E eu sou curioso. Estou curioso a respeito disso. Estou pensando sobre isso. Porque a minha experiência diz que esses eventos não acontecem muitas vezes “de repente, do nada". Existem padrões, há coisas que estão acontecendo de errado que não são consertadas, que ocorrem, e que não são faladas e nem discutidas. No entanto, essas histórias são preocupantes, e devem ser preocupantes.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Virando a Página

Adoraria contar uma linda história com um sonho, uma visão, um projeto, uma missão... Mas a verdade foge do padrão acima. Tudo se originou de um acidente. Acidente que acabou ficando maior do que a mim mesmo e tomou vida própria.

Em meados de 2008 surgiram alguns conflitos pessoais sobre homossexualidade e fé.

Percebi que os recursos disponíveis na época eram insuficientes para sanar meus questionamentos e me apresentar um caminho sólido para trilhar.

Comecei então a difícil jornada de recolher informações sobre o assunto.

Minha ignorância no assunto e minha sede pela verdade me levaram a estudar algumas vertentes do assunto, incluindo: abordagem tradicional, teologia inclusiva, casos de mudanças e casos de grandes decepções em tentativas de reorientação sexual.

Como dito acima, por se tratar de um acidente, algumas datas me fogem da memória, mas creio ser por volta de 2009 que algumas coisas começaram a tomar forma.

Comecei a conversar sobre o que estava estudando com algumas pessoas na rede social Orkut, na época não havia um espaço virtual descente para pessoas que queriam entender melhor a atração pelo mesmo sexo, então conversava com pessoas em comunidades de teologia inclusiva. Isso me trouxe uma bagagem muito grande. 

Inclusive, foi assim que nasceu a imagem do “Félix”. Me chamo Lucas Félix, mas sempre achei “Lucas” um nome muito comum e achei que “Félix” traria mais expressão e seria mais fácil de ser lembrado pelas pessoas. Dito e feito! Ironicamente me chamavam de “Gatinho Félix” e eram frequentes os desafios, no qual costumam me perguntar “se o gatinho ia responder ou beber leite”.

Ao contrário do que alguns podem imaginar, eu sempre respeitei e sempre fui respeitado, fiz amizades daquela época que cultivo até hoje, mesmo estando em uma linha de trabalho diferente.

Com o tempo fui percebendo que ali não era o exatamente o meu lugar. Frequentemente tinha meus comentários ou posts apagados sem nenhuma justificava. Aquele garoto que havia entrado em contato para aprender e tirar dúvidas, depois de um tempo passou a ser considerado uma “pedra no sapato” daqueles que estavam convictos de suas crenças e posições.